O que podem esperar imigrantes com casos pendentes no USCIS após posse de Trump – BRAZILIAN PRESS // O maior jornal brasileiro fora do Brasil
Os imigrantes que têm casos pendentes nos Serviços de Cidadania e Imigração (USCIS), desde beneficiários do DACA a beneficiários do Estatuto de Proteção Temporária (TPS), permanecem em expectativa quanto ao futuro dos seus pedidos. A resposta não é clara e pode variar dependendo do seu processo de imigração.
Os sonhadores receberam um vislumbre de esperança. O presidente eleito, Donald Trump disse que estaria aberto a trabalhar em um caminho legal para os beneficiários do programa DACA.
“Espero que seja mais uma retórica, que haja interesse em equilibrar o debate, não só com a aplicação da lei na fronteira, mas também com algum tipo de reforma que dê ajuda e apoio aos sonhadores”, disse o presidente do Caucus Hispânico no Congresso, Adriano Espaillat.
Os mais preocupados são aqueles que gozam do estatuto de proteção temporária, mais conhecido como TPS, e da liberdade condicional humanitária, uma vez que o seu futuro dependeria de uma ordem executiva do presidente.
“O TPS tem uma fragilidade e uma vulnerabilidade, justamente porque é um decreto e não uma lei, que foi promulgado. Então, e sabemos que é um dos primeiros pontos que o próximo governo vai querer atacar para desmantelá-lo, então ficarão absolutamente expostos, digamos, e absolutamente vulneráveis”, disse o padre Fabián Arias.
Quem consegue respirar um pouco mais tranquilo é quem está com processo de asilo em andamento, pois está protegido pelo devido processo legal e, mesmo que tenha o caso negado, pode recorrer.
Mas para quem pretende pedir asilo, deve saber que três dias antes da posse do novo presidente, a 17 de janeiro, entra em vigor uma nova regra que deixa a decisão sobre a sua concessão nas mãos dos funcionários do USCIS.
Para o diretor da organização IACO, Gustavo Ramírez, “para solicitar asilo político a pessoa tem uma entrevista com um oficial de imigração, que dirá se tem causa credível ou não. Agora esse oficial vai determinar a inadmissibilidade daquela pessoa. Antes de ser juiz, era em um Tribunal, com o devido processo que a pessoa podia acompanhar independentemente de ser elegível ou não”.