China nega que TikTok será vendida para Elon Musk, com objetivo de evitar bloqueio nos EUA
A China considera vender as operações do TikTok nos Estados Unidos para Elon Musk caso a empresa não consiga reverter a proibição de atuar no país, segundo a agência Bloomberg. A plataforma negou a informação, em resposta à Reuters nesta terça-feira (14), dizendo que não comentaria sobre algo que é “pura ficção”.
De acordo com a Bloomberg, autoridades em Pequim discutem um eventual interesse de Musk em comprar a subsidiária norte-americana do TikTok, que pertence à chinesa ByteDance. Neste cenário, a intenção de Musk seria associar o TikTok a sua rede social, o X, ex-Twitter.
Ainda não há consenso entre as autoridades chinesas sobre qual opção será escolhida, segundo a agência. Apesar disso, Pequim ainda prefere que a plataforma continue sob controle da ByteDance em território norte-americano. Não há detalhes sobre o quanto a ByteDance, o TikTok e o próprio Elon Musk estão envolvidos nas discussões. O governo da China detém participação na ByteDance em seu território, o que motivou acusações de parlamentares dos EUA e do governo de Joe Biden de que o TikTok permite que Pequim colete dados e espione os usuários.
O governo chinês e a ByteDance negam as acusações. O TikTok já afirmou, anteriormente, que a participação de Pequim “não influencia em nada as operações da ByteDance fora da China, incluindo o TikTok”. Em abril, o Congresso dos EUA aprovou uma lei, depois sancionada por Biden, que obriga a ByteDance a vender a operação do TikTok nos EUA para outra empresa. A determinação entra em vigor no domingo (19), um dia antes da posse de Donald Trump como presidente. Nesse meio tempo, a lei está sendo discutida na Suprema Corte, e os juízes estão inclinados a manter a validade da norma, segundo o New York Times e a CNN.
A Bloomberg avaliou o valor das operações da TikTok nos EUA entre US$ 40 bilhões (R$ 244 bilhões) e US$ 50 bilhões (R$ 305 bilhões). A agência acrescentou que não está claro como Musk efetuaria a compra do TikTok, ou se teria que vender outros ativos para concretizá-la. Questionados pela Reuters sobre o assunto, Elon Musk, o X, a Administração do Ciberspaço da China e o Ministério do Comércio chinês não responderam.