“Quero andar à noite sem achar que serei morta por um imigrante ilegal”, diz cantora filha de argentinos no Grammy
Durante a 67ª edição do Grammy Awards, realizada ontem à noite, a cantora Joy Villa voltou a atrair os holofotes com uma declaração política contundente. Conhecida por suas escolhas de vestuário provocativas, Villa desfilou no tapete vermelho com um vestido prateado que imitava uma parede de tijolos, ostentando a frase “Build the Wall” (“Construa o Muro”) em letras vermelhas nas costas.
O traje fazia referência direta à proposta do então presidente Donald Trump de erguer um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México.
A cantora, que é filha de um imigrante argentino e uma norte-americana, complementou o look com uma bolsa vermelha estampada com o slogan “Make America Great Again” (“Faça a América Grande Novamente”) e um colar que simulava arame farpado. Villa, uma defensora declarada de Trump, afirmou: “Eu acredito na construção do muro para proteger a nossa fronteira ao sul, não para isolar as pessoas, mas para proteger os cidadãos do nosso país”. “Quero andar à noite sem achar que serei morta por um imigrante ilegal”, disse ainda cantora latina no Grammy.
Esta não é a primeira vez que Joy Villa utiliza o tapete vermelho do Grammy para expressar seu apoio a Trump. Em 2017, ela chamou atenção ao usar um vestido azul com o slogan “Make America Great Again” e o nome “Trump” em destaque. No ano seguinte, em 2018, ela optou por um vestido branco com a imagem de um feto pintado à mão, acompanhado de uma bolsa com a mensagem “Choose Life” (“Escolha a Vida”), demonstrando sua posição contra o aborto.
As escolhas de Villa geram reações mistas. Enquanto alguns a elogiam por sua coragem em expressar suas opiniões políticas em um evento de grande visibilidade, outros a criticam por considerar suas ações provocativas e divisivas. Independentemente das opiniões, é inegável que Joy Villa continua a utilizar a moda como uma plataforma para transmitir suas convicções políticas.