Brasileiro deportado dos EUA diz que vai esperar Trump deixar presidência para tentar nova travessia

Um brasileiro de 51 anos, natural de Campanário, Minas Gerais, viveu um ciclo de esperanças e frustrações ao tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos duas vezes em um curto período de três meses. Sua primeira tentativa ocorreu em agosto de 2024, quando cruzou a fronteira, mas foi preso e deportado em outubro do mesmo ano.
Determinado, ele tentou novamente em dezembro, só para ser capturado mais uma vez e enviado de volta ao Brasil em fevereiro de 2025. O repatriado, que trabalha na construção civil, justifica suas tentativas arriscadas pela busca de melhores condições financeiras. “Lá, você pode ganhar 50 dólares por hora. Aqui, no Brasil, eu recebo R$ 250 por dia. Quem não arriscaria?”, questiona. No entanto, ele admite que as políticas migratórias mais duras implementadas durante o governo de Donald Trump dificultaram sua empreitada. “A situação piorou muito. Vou tentar de novo, mas só quando ele não estiver mais no poder”, afirma.
Após sua segunda deportação, ele desembarcou em Belo Horizonte, onde recebeu assistência do governo brasileiro para retornar à sua cidade natal, Campanário. Agora, ele planeja repensar sua estratégia e avaliar os próximos passos. “Preciso cuidar da minha família e ver o que é melhor para nós. Mas o sonho de uma vida melhor lá fora ainda existe”, desabafa. A história dele reflete os desafios enfrentados por muitos brasileiros que buscam oportunidades no exterior, muitas vezes arriscando-se em travessias perigosas e enfrentando políticas migratórias cada vez mais restritivas. Enquanto isso, ele tenta se reerguer em solo brasileiro, onde a realidade econômica contrasta com os sonhos que o motivaram a cruzar fronteiras.