Após anuncio pró-Trump, Meta remove dos banheiros masculinos absorventes para não-binários e trans

Após anuncio pró-Trump, Meta remove dos banheiros masculinos absorventes para não-binários e trans

A Meta Platforms, empresa de tecnologia liderada por Mark Zuckerberg, ordenou a remoção de absorventes dos banheiros masculinos em seus escritórios no Vale do Silício, Texas e Nova York. A informação, publicada pelo *The New York Times* na sexta-feira (10), é parte de um conjunto de mudanças amplas promovidas pela gigante das redes sociais, que incluem o encerramento de iniciativas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) e uma revisão nas políticas de moderação de conteúdo.
A decisão de retirar os absorventes, que haviam sido disponibilizados para funcionários não-binários e transgêneros, gerou insatisfação interna. “Isso não é apenas uma questão de recurso, é um sinal claro de retrocesso em relação à inclusão”, afirmou um funcionário da Meta sob condição de anonimato ao jornal norte-americano.

Joel Kaplan, diretor de assuntos globais da empresa e aliado do presidente eleito Donald Trump, defendeu as recentes medidas em entrevista à *Fox News Digital*. Segundo ele, o fim dos programas de diversidade garantirá que a Meta forme “as equipes mais talentosas” ao priorizar avaliações individuais e evitar decisões de contratação baseadas em características como raça ou gênero.
A reestruturação é amplamente vista como um esforço da Meta para melhorar as relações com Trump, que assume a presidência dos Estados Unidos no próximo dia 20. Durante sua campanha, o republicano havia criticado duramente a política de conteúdo da empresa e ameaçado ações legais contra Zuckerberg. Recentemente, a Meta eliminou o programa de verificação de fatos nos EUA, nomeou Kaplan para o alto escalão e incluiu Dana White, presidente do UFC e aliado próximo de Trump, em seu conselho administrativo.
O atual presidente, Joe Biden, chamou de “vergonhosa” a decisão de encerrar o programa de checagem de fatos. Para Biden, a medida compromete o combate à desinformação em plataformas como Facebook, Instagram e Threads. Com a posse de Trump se aproximando, a Meta parece trilhar um caminho de mudanças estratégicas que, apesar de favorecerem a nova administração, têm gerado controvérsias dentro e fora da empresa.

decioalmeida

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