Em primeiro ato como presidente, Trump encerra aplicativo que permitia entrada de ilegais nos EUA

Poucas horas após reassumir a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump deu início a uma série de medidas que prometem mudar a política migratória do país. Em seu discurso de posse, realizado na tarde de segunda-feira (20), o republicano reafirmou que a questão da imigração será uma das prioridades de seu governo, com foco especial na segurança da fronteira com o México.
Ainda no mesmo dia, Trump cumpriu uma das principais promessas de sua campanha ao desativar o aplicativo *Customs and Border Protection (CBP) One*, uma ferramenta criada durante o governo de Joe Biden para facilitar a entrada legal de migrantes.

O CBP One permitia que migrantes em regiões do México marcassem consultas em oito portos de entrada na fronteira sudoeste dos EUA, onde eram avaliados por oficiais de imigração. Aqueles aprovados no processo podiam solicitar autorizações de trabalho e asilo. Com o encerramento do serviço, o site do aplicativo passou a exibir uma mensagem informando que, a partir de 20 de janeiro de 2025, as funcionalidades estariam indisponíveis e compromissos previamente agendados foram cancelados.

A decisão provocou uma onda de incerteza entre os imigrantes que aguardavam avaliação na fronteira. Um vídeo amplamente compartilhado nas redes sociais mostra uma mulher chorando em Ciudad Juárez, no México, após a notícia do fim do aplicativo. Nas imagens, outros migrantes que aguardavam consultas também demonstram frustração e apreensão com a mudança.
Críticos da medida afirmam que o encerramento do CBP One representa um retrocesso na política migratória, dificultando o acesso legal de milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade. Por outro lado, Trump defendeu a decisão como um passo necessário para “restaurar a ordem e proteger a soberania dos Estados Unidos”. Segundo o presidente, novas medidas serão anunciadas em breve para reforçar o controle da imigração e “priorizar a segurança do povo americano”.