Entenda por quê Elon Musk, novo secretário de Estado de Donald Trump, não pode concorrer em 2028 à Casa Branca
A reeleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, confirmada na última terça-feira (5), abriu espaço para especulações sobre quem será o próximo grande nome republicano a disputar a Casa Branca em 2028. Entre os mais mencionados nas redes sociais está Elon Musk, magnata sul-africano e dono da Tesla, SpaceX e da plataforma X. Porém, um obstáculo constitucional inviabiliza essa possibilidade: Musk não atende ao critério de ser um “cidadão nato” dos Estados Unidos.
Musk, que se naturalizou americano em 2002, nasceu em Pretória, na África do Sul, em 1971. Apesar de residir nos EUA há décadas, sua origem estrangeira o desqualifica para o cargo presidencial. Em outubro, durante um evento em apoio à campanha de Trump, o empresário esclareceu a questão: “Meu avô era americano, mas eu nasci na África, então não posso ser presidente”, afirmou.
A Constituição dos Estados Unidos, que exige que o presidente seja cidadão nato, tenha ao menos 35 anos e resida no país por pelo menos 14 anos, foi projetada para limitar a elegibilidade a indivíduos com laços inatos ao país. Apesar dessas restrições, Musk desempenhou um papel crucial na campanha republicana de 2024.
### Apoio decisivo e proximidade com Trump
O empresário foi um dos maiores apoiadores financeiros e estratégicos de Trump nesta eleição, contribuindo com mais de US$ 130 milhões para campanhas republicanas. Além disso, utilizou sua plataforma X para amplificar mensagens de candidatos aliados e compareceu a diversos comícios ao lado de Trump. A admiração entre os dois é evidente: o presidente reeleito já chamou Musk de “gênio” e expressou o desejo de envolvê-lo diretamente em sua próxima gestão, possivelmente como conselheiro para eficiência em gastos governamentais.
Embora Musk não possa ocupar a cadeira presidencial, seu impacto na política americana parece estar longe de terminar. Sua influência no cenário republicano reforça o papel de empresários bilionários como atores importantes na definição das estratégias e prioridades do partido. Para 2028, resta saber quais outros nomes surgirão como potenciais sucessores de Trump e como figuras como Musk moldarão os debates futuros.