Escolas ainda não tem um protocolo para proteger alunos indocumentados. Clima é de terror – BRAZILIAN PRESS // O maior jornal brasileiro fora do Brasil
O medo e a incerteza são palpáveis entre os estudantes e famílias de Newark devido à repressão à imigração do presidente Donald Trump, mas o distrito escolar não apresentou um plano claro para proteger os estudantes indocumentados. Na reunião do conselho de 23 de janeiro, os educadores e membros da comunidade expressaram preocupações sobre possíveis batidas do ICE nas escolas e o impacto nas famílias imigrantes.
O superintendente Roger León reconheceu a necessidade de segurança para os alunos, mas não detalhou estratégias específicas. Membros do conselho, como Josephine Garcia e Kanileah Anderson, questionaram como protegerão os estudantes, especialmente considerando o risco de pais serem detidos e deportados.
Alguns educadores, como Alexander Schuetz e Mark Edelstein, destacaram o clima de medo entre os estudantes. Edelstein relatou que imigrantes representam 40% da população estudantil em sua escola, e muitos estão apreensivos com possíveis ações do ICE. A vice-presidente do conselho, Allison James-Frison, sugeriu ensino virtual como possível solução para garantir a segurança dos alunos, embora reconheça que apenas o governador pode autorizar essa modalidade. Vereliz Santana mencionou parcerias com organizações para apoiar famílias afetadas, mas não especificou quais.
Apesar das discussões, o distrito não apresentou um plano concreto de ação, limitando-se a reafirmar o compromisso de manter os alunos seguros e incentivá-los a continuar frequentando a escola, independentemente de seu status migratório. Enquanto isso, pais estão deixando de enviar seus filhos e os mantendo em casa. O distrito não respondeu a perguntas sobre recursos ou contatos específicos que tem atualmente para famílias indocumentadas que têm medo de mandar seus filhos para a escola.
